Capítulo 1 - O Quarto
Capítulo 2 - Uma voz no silêncio
Capítulo 3 - Olhos azuis de vidro
Capítulo 4: Um Oscar
Com sua experiência, Marcos esperou que ela tivesse tempo para reestruturar sua posição. Então ele disse:
-Respire. Se ele te quisesse morta, você já estaria. Está viva, e há um propósito nisso, não há dúvidas. Eu poderia apostar que ele quer que você me mate. Mas, se você fizer isso, morrerá em seguida, então... Você está em uma situação difícil aqui. O que vai ser?
-Cala a boca! Estou pensando. - disse ela.
-Não pense, não há tempo para isso. Só vou dizer uma vez, se atirar em mim você morre! – ao dizer isso, ele se voltou para o guarda-roupa - Você! Abaixe essa arma agora ou juro que atirarei nele!
Houve um momento de solidão, que foi quebrado por uma voz vinda do guarda-roupa.
-Você não fará isso, sei que não. - A voz era grave e vagarosa.
-Pense bem, você está apontando uma arma pra ela, que está apontando uma arma pra mim que, por minha vez, estou apontando para o seu chefe. Todos nós morreremos aqui e agora.
-Você não pensou claramente dessa vez. Eu atiro nela, ela atira em você, você atira nele e eu fico com o mapa.
Marcos, pela segunda vez na noite, deu um sorriso de "eu sou bom nisso".
-Finalmente obtive a informação que tanto queria. Então se trata de um mapa? Ótimo. E não, eu não estava errado. Não mirarei na cabeça de Moisés, mirarei na mochila. Todos nós morreremos, meu caro.
-Eu temeria, se fosse o Darmandes ou a mocinha ali, mas não você. Sua missão não é acabar com vidas, é salvá-las.
-Só há um jeito de descobrirmos.
-Você é que manda!
O homem escondido no guarda-roupa atirou no coração da mulher, e duas vidas foram apagadas naquele momento. Foi tão rápido que ela não teve tempo de atirar. Mas Marcos previu que isso aconteceria e atirou também quase que no mesmo instante. Mas não foi em Darmandes. Ele atirou na direção do guarda-roupa. Após os ouvidos se acostumarem ao que o barulho dos tiros provocou, e a fumaça do seu revolver se desfazer no ar, Marcos agachou perto da mulher e conferiu seus batimentos. Realmente estava morta. Pegou o detonador com cuidado e o examinou. Em seguida, foi até o corpo caído entre o guarda-roupa e o chão. Havia um cadáver, um homem de aproximadamente trinta anos, mas já apresentando calvície. Era magro e estava bem vestido, apesar da barba mal feita. Mexeu em seus bolsos e encontrou uma carteira de identificação.
-Veja só, o que temos aqui. - disse ele balançando a carteira de policial para Moisés. - Você deve estar louco pra acabar comigo depois disso. Haha. Mas convenhamos, eu me passando por você foi digno de Oscar, não foi Correa? Opa, desculpa, esqueci que você não pode falar no momento.
Na próxima semana, o último capítulo da série! Descubra como será o final em: Capítulo 5 - Batman e Coringa!
domingo, 11 de abril de 2010
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