segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sentido inexistente com sorriso contente



Sou louco!
Louco de nascença,
louco por opção!
Só converso com estanhos,
tenho um binóculo de estimação.

Não preciso de dinheiro,
sobrevivo com amor,
minha mente é um labirinto
mobiliado de esplendor.

Tenho um reino próprio,
cheio de árvores e chocolate.
Onde a esperança é um bêbado sóbrio,
que conhece a liberdade.

Eu poderia ser normal,
com dois filhos e um labrador,
mas preferi ser genial,
um maluco sem rancor.

Insegurança insana


Se eu pudesse saltar de um prédio e saber que tudo ficaria bem,
eu saltaria.
Se eu tivesse a certeza que um dia eu encontraria um amor verdadeiro,
eu não me preocuparia.
Se, por algum motivo, a vida fosse mais simples e os dias menos pesados,
eu descansaria.
A vida se prolonga em dias repletos de insegurança, a rotina toma conta de todas as possibilidades que poderiam valer a pena.
Se eu soubesse o que está por vir,
eu finalmente dormiria.
Mas sabemos que o futuro é incerto e traiçoeiro, que dias difíceis virão, que a noite será longa e agoniante, que o amor está em extinção,
e que os prédios estão cada vez mais altos.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Saindo da rotina


Hoje eu acordei com vontade de comer pizza no café da manhã,
de ir de skate pro trabalho,
de pular de pára-quedas,
de jogar futebol americano,
de nadar com tubarões,
de visitar alguém que eu não vejo há muito tempo.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A vidraça, o velho e o gato


O velho esbravejou quando a bola quebrou sua vidraça.
Mas isso foi antes do gato pular e depois do garoto chutar a bola.
O resultado foi simples e previsível: Correria.
Correria dos meninos, correria do gato e correria do velho atrás dos meninos.

Os meninos se refugiaram além do rio.
O gato se protegeu no alto do telhado.
E o velho morreu de infarto.

O velho foi enterrado,
o gato ficou sem dono
e os garotos quebraram outra vidraça na semana seguinte.

Moral da história: Um morre, alguém sofre com a perda, mas pra maioria a vida continua.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O futuro problema ao qual já fomos apresentados


As ruas estão cada vez mais extensas.
O número de carros aumentam a cada instante.
Arranha-céus aos poucos tampam o próprio sol.
Os impactos ambientais podem ser sentidos.
E a água, quem diria, a inesgotável está acabando.
Não é o apocalipse. É o progresso.
Ele é bem vindo, e está aí mesmo que não o fosse.
Mas o que acontecerá daqui quarenta, oitenta anos?
Para onde iremos quando não houver mais espaço ou recursos por aqui?E para onde iremos depois disso?
Muitos já discutiram esse tema, e muitos outros discutirão. Diante da mentalidade atual, isso se faz extremamente necessário.
As pessoas pensam que o mundo é eterno. E quando possuem a consciência da verdade, acham que tanto faz, pois é uma coisa distante e talvez nem estejam aqui quando acontecer.
Eu digo, não como um profeta dos dias sombrios, mas como um ser humano dotado de razão que, mais cedo ou mais tarde (e eu temo que seja mais cedo), o mundo passará por uma crise que já sabia que iria passar muito antes de ela estar acontecendo.
E não faltará pessoas para apontar e berrar que haviam alertado, que o problema estava aí e ninguém fez nada.
E só poderemos lamentar. Ou talvez nem isso.