quarta-feira, 24 de março de 2010

Mentes criminosas: Capítulo 2 - Uma voz no silêncio

Bom, finalmente saiu o segundo capítulo de Mentes criminosas! Peço desculpas pela demora, infelizmente passei por problemas de saúde. De qualquer forma, aí está! Espero que gostem.

Para quem perdeu o começo, leia. - Mentes criminosas, Capítulo 1: O quarto


Aos poucos, Marcos começou a recobrar os sentidos e a razão. O impacto inicial começou a se desfazer, de forma que ele teve condições de pensar. E de observar. A sua primeira preocupação foi com a mulher presa de cabeça para baixo, ela estava machucada em algum ponto da face e sangrava bastante. Parecia estar inconsciente.
Do lado oposto onde estava, havia uma jaula com espaço suficiente para o leão que nela se encontrava. O que diabos um leão estaria fazendo ali? Do lado esquerdo, encontrava-se o homem com a mochila, sentado na cama de casal com lençóis branquinhos e de costas para ele. Marcos apontava a arma firme para o homem, enquanto teve tempo para reparar em um manequim estragado ao lado, um guarda-roupa antigo e uma mesinha de centro.
"Senhor Moisés, levante as mãos, agora!" - O homem continuou sentado e imóvel.
Marcos manteve a sua posição e ordenou mais uma vez. A cena não se alterou.
Então, o homem começou a se mexer vagarosamente, Marcos segurou firme na arma. "Senhor, não tente nada, eu estou apontando diretamente para a sua cabeça, qualquer movimento e eu não vou hesitar em atirar!" - Moisés continuou a se mexer até que um tiro foi ouvido.
A jaula onde estava o leão se abriu com o tiro na fechadura, e o animal saltou para fora como um predador que não come há muito tempo, direto para a mulher.
Marcos correu com tudo que pôde, pisando na mesinha de centro saltou para cima com o máximo de impulso ao mesmo tempo em que tirava a faca guardada em sua perna. Com um movimento ele soltou a mulher. Sabia que a queda não seria das melhores, mas não havia o que fazer, o leão já havia saltado em direção a ela também.
Homem e animal se encontraram no ar e caíram ao mesmo tempo. O leão caiu e tombou com a faca cravada em seu pescoço, e Marcos caiu com a arma apontada exatamente na cabeça de Moisés.
"Acabou, você está preso".
Com um susto, percebeu que o homem estava com a boca tapada com fita, assim como suas mãos, inclusive a que estava com a arma apontada para um único lugar: a jaula.
Antes que pudesse tomar qualquer atitude sentiu uma arma na nuca, e uma voz feminina, calma e sexy, se fez diante do silêncio de espanto: "Nem um movimento".

Como sabem, continua na próxima semana.

Um comentário:

Fill Carvalho disse...

Muito boa iniciativa, Yuri! No aguardo pros próximos capítulos!
Abraço