terça-feira, 13 de julho de 2010

Dia de chuva

Por um instante me imaginei chutando a chuva, correndo pela rua comum de um bairro comum.
Eu estava feliz, não sabia onde estava indo e isso não fazia a menor diferença porque, no final das contas, eu só queria estar em movimento.
Não era um dia triste, longe disso. Chovia enquanto o sol brilhava.
E eu sabia que em algum lugar havia um lindo arco-íris. Isso aliviou meu coração.
O cheiro era diferente ali, o vento acariciava como nunca antes o meu corpo molhado.
A bermuda era a minha única peça de roupa. Nada de blusas, sempre as detestei. E calçados... Faça-me o favor! Nunca se é livre o suficiente com sandálias ou tênis.
Pra ser livre é preciso estar descalço, sentir o chão onde se pisa.
Em algum momento no tempo aparentemente infinito, cansei. E foi aí que eu sentei na calçada.
Pessoas passavam, algumas correndo, outras com guarda-chuva. Todas se protegendo de alguma forma.
Carros passavam velozes jogando água para tudo quanto é lado.
Eu não estava nem aí para nada, só queria curtir aquele momento.
Fiquei ali por tempo suficiente pra entender que não havia nada para ser entendido.
Em momentos como esse, você só sente... E eu senti.
Decidi voltar pra casa, um banho quente é sempre o melhor a se fazer depois de tomar chuva.

2 comentários:

Katita disse...

kkkkk...sei bem como é..já me senti assim. Mas banho de chuva é bem melhor na fazenda! saudade da minha infância ;) rsss

Yuri Manzi disse...

Que emoção ver você comentar aqui. Haha ;*