Lá estavam várias pessoas, algumas mais e outras menos próximas.
Muitos bebiam, alguns comiam e havia até quem fumasse.
E ali, entre sorrisos, violão e sombra, estavam unidos em círculo.
Boa música, sol ameno, vento refrescante.
A casa estava cheia, as pessoas estavam verdadeiramente felizes.
Não havia trabalho, dinheiro, nem doença ou qualquer preocupação.
Da avó serena e contida, marcada pelas experiências da vida e os habituais perfume e anéis, ao neto mais novo e agitado, com roupa colorida e mãos sujas, todos se sentiam completamente bem.
Era sábado, era churrasco e nada mais importava.
Alguns se enfezaram em determinado momento, mas foi por pouco tempo. Sempre é assim quando se trata de coisas pequenas.
E tudo que não fosse aquela alegria compartilhada por todos, era pequeno.
Pequeno diante da grandiosidade do momento, do valor que aquele dia teria para a história de cada um que ali estava.
Talvez nunca mais uma música tão boa será cantada e ouvida por bocas e ouvidos tão felizes.
Talvez, a comida nunca mais será tão farta e a bebida tão prazerosa.
Quem sabe não haverá nunca mais motivo qualquer para que pudessem se reunir.
Mas naquele dia havia tudo isso, e as pessoas puderam viver aquele momento.
Em algum lugar do tempo, em alguma memória calejada, em algum coração saudosista, ele sempre estará lá.
Um dia, aquela casa não será tão cheia e muitos já terão ido embora... Para sempre.
Mas haverá, em algum lugar, alguém que contará aos mais novos sobre aqueles anos dourados, em que as pessoas que amava estavam juntas e felizes.
E sentirá lágrimas salgadas nos lábios.
domingo, 10 de janeiro de 2010
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