segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Big Brother Brasil

O que diferencia o ser humano dos demais animais é a racionalidade. Acho que nisso, todos concordam.
Muito bem.
Mas um homem com 100% de racionalidade e 0% de sentimentalismo não seria nada parecido com um ser humano que conhecemos.
Somos isso. Uma fusão entre razão e emoção.
Essa mistura é como uma solução supersaturada, que permanece em equilíbrio de uma forma inexplicável mas, à menor perturbação, se desfaz.
É nesse contexto que podemos explicar porque não cabe classificarmos homens em bons ou maus.
Se agimos em momentos pela razão e em outros pela emoção, temos um quadro de tanta complexidade que esse tipo de classificação seria ridículo.
Somos apenas humanos. Agimos de acordo com nossos interesses, sendo norteados por leis, normas, culturas e experiências... É assim que acontece.
Então, quando assistimos a um reality show que nos apresenta mocinhos e vilões, temos a impressão que estamos assistindo a uma novela. E é.
Esse é o principal desafio do BBB, e é isso que já há algum tempo eles estão tentando fazer.
A tentativa é fazer com que os seus personagens sejam mais humanos, que acertem aqui e errem ali sem que haja um herói capaz de sair de onze paredões, ou um vilão que saia com 99% de rejeição.
Se estão conseguindo? Não mesmo. Continuo com uma clara impressão de uma novelinha, sem ser extremista a achar que está totalmente roteirizada e com final definido, e nem que o programa esteja entregue à própria sorte e que não há nenhum tipo de tendencionismo. Muito pelo contrário, são bastante tendenciosos.
Apesar disso é um programinha legal que cumpre a função destinada de entreter. E só.
Por que eu assisto? Porque eu não sou 100% racionalidade.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sorriso comedido

Existem pessoas que trabalham menos e se divertem mais.
Essas pessoas vão para a balada de quarta a domingo.
Elas viajam todas as férias e conhecem boa parte do mundo.
Já experimentaram coisas que você caro leitor, jamais imaginaria. E também o que acabou de imaginar. Fazem tudo o que se diz por aí que se deve fazer para aproveitar a vida.
Pois bem.
Além dessas, existem pessoas que trabalham muito e dormem pouco. Que quase não tem tempo para diversão.
Talvez possam sair de vez em quando, conhecer algum lugar legal. Mas isso é raro.
Essas pessoas têm o que alguns, de fora é claro, poderiam chamar de vida monótona, ou até medíocre.
Bem, o que eu quero dizer com esses dois tipos de grupos que se podem encontrar na sociedade (e é bom deixar claro que como se trata de um mero exemplo, eu os destituí em alto grau de suas individualidades, particularidades e diferenças, de forma a agrupá-los em larga escala) é que alguém do segundo grupo pode aproveitar a vida de forma muito mais prazerosa e intensa do que alguém do primeiro.
Acontece, que a intensidade é algo intrínseco. Parece-me óbvio que alguns possuem a capacidade e a vontade de expor isso. Mas, existe uma boa quantidade de pessoas por aí, cujo sorriso comedido esconde uma vida tão intensa e profunda, que poderia até nos emocionar.
O valor das coisas, o valor do tempo, do momento, somos nós que damos.
A intensidade pode fazer com que um dia de sol seja inesquecível.
Essa é a grande sacada da vida. Fazer valer a pena, sentir tudo o que o momento pode te fornecer, não importa se é bom ou ruim.
Temos que chorar por mais bobo que seja, nos emocionar por mais simples que seja, e sorrir sem motivos.