sábado, 10 de outubro de 2009

Um jogo pra história

O vento havia soprado em uma direção diferente naquela tarde, talvez antecipando o que aconteceria.
O calor se fazia sentir de maneira desconfortável naquele lugar cheio.
Procuravam apenas uma mesa livre pra se divertirem um pouco.
Então, dois caras perguntaram se queriam jogar com eles. Aceitaram de bom grado.
O jogo começou complicado para eles, algumas bolas presas, jogo truncado.
Enquanto isso os dois adversários estavam matando todas com certa facilidade, eu diria.
Em um verdadeiro massacre, só restara uma bola para os adversários enquanto havia ainda várias bolas para os bons amigos.
Jogando o seu jogo com humildade, um dos amigos tentou matar uma bola aparentemente fácil e errou.
Os adversários zombaram dele de maneira imprudente.
Talvez tenha sido exatamente nessa hora que o ventou soprou.
Não se sabe se foi sorte, ousadia, ou competência. Talvez tenha sido as três coisas.
O que dizem é que as coisas aconteceram exatamente assim:
Estava na vez de um dos amigos. A bola dos adversários estava na boca, pronta pra cair. Ele então, em um ato heróico mirou sua própria bola na bola do adversário. Batendo com força no bolão ele acertou em cheio o seu 10, que acertou em cheio a bola do adversário jogando ela pra longe da boca.
A partir daí, muito se fala e pouco se conhece.
De forma resumida e bastante simples, para que não haja nem excesso nem falta de verdade, as bolas começaram a descer e os adversários não conseguiam matar sua única bola. Até que os amigos os alcançaram.
Só restava uma bola na mesa. E era a vez dos adversários. Eles eram bons, nisso todos concordam. Seria fácil para eles matarem aquela bola da forma como estava. Um momento de concentração em que o tempo parou... E um erro "fraudinha", por assim dizer.
Os adversários não só não mataram a bola, como deixaram ela na boca.
Os amigos então mataram a bola, mostraram a força da raça e entraram pra história da sinuca da UFG.
Um dia os filhos dos nossos filhos lembrarão dessa tarde,
em que o vento soprou em outra direção.

2 comentários:

Arthur disse...

Huahuaha!!! Que épico! A narrativa me lembrou aquela propaganda da Ford Ranger que está sendo veiculada. Vou por no meu twitter tb;)

Relatos disse...

Incrivel demais para ser verdade.