É preciso respirar a inspiração necessária para a criação de algo grandioso.
Mas pouco adiantaria se só houvesse um criador.
A maravilha da obra não está completa sem a observação de ao menos um expectador.
Esqueçam as velhas opiniões formadas, que o diabo carregue os críticos, meros repetidores de velhas frases de efeitos. Digam aquilo que sintam, nenhum estudo sobre a arte é mais sincero do que as sensações que ela provoca. Podem procurar saber do autor o que ele quis que aquilo fosse, ou como pensou em construir tal. Mas desde já saibam que será só mais uma opinião, porque a obra ganha autonomia e liberdade assim que concluída.
O autor é um mero concretizador que empresta o talento para que o que está dentro de cada ser humano ganhe vida e possa ser apreciado.
Não há limites para a criatividade, para o talento e para a ousadia.
Se um dia ouvirem de alguém que tudo foi inventado, acerte um soco nesse alguém. É claro que não concordarei com isso pois sou a favor de Voltaire, mas lembre-se que você não.
E que o ser humano continue a ser uma fonte inesgotável de criação, que vários artistas façam com que pessoas se emocionem, que pessoas se irritem, e que pessoas riam até que lhes doa a barriga.
Um brinde à arte!
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Borboletas roubadas
É engraçado como alguns minutos podem significar um período inteiro de nossas vidas. Talvez, no fim das contas, quem estava certo era aquele cientista irreverente da imagem da língua pra fora. O tempo realmente é muito mais complexo do que podemos constatar em um relógio.
E foi nessa complexidade que ele se encontrava. O Ele pode ser o seu amigo Junior, ou a sua prima Renata. Não importa. Poderia ser qualquer um, em qualquer lugar, de qualquer época. Mas era ele, e era naquele momento.
Suando frio, começou a analisar a situação. Nunca imaginou que algo daquele tipo poderia acontecer. Onde estavam, cadê aquelas preciosidades que tanto admirava? Estava tudo muito escuro, o frio era de machucar a pele.
Correu desesperadamente entre as árvores, olhando tudo o que poderia ser anexado ao campo da visão como que implorando por alguma ajuda. Mas ela não veio.
E ele correu o quanto pôde, talvez até mais do que pôde. A ciência explica essa quebra na barreira do limite diante de situações de extremo pavor e/ou excitação. Os efeitos da adrenalina são incríveis!
Logo, e entendam logo como uma expressão utilizada para demonstrar uma noção de tempo de quem narra algo de fora, começou a chover. Uma chuva grossa e pesada. Tudo ficou tão difícil, tão complicado. Ele sabia que não haveria escolha, que nada mais adiantaria.
Ao invés de parar, acelerou a corrida, e bateu em várias coisas da natureza, coisas pesadas, coisas cortantes, coisas pegajosas. Mas não parou, apenas correu. Correu até sair do meio das árvores, para um lugar aberto que dava em um penhasco aparentemente sem fim. E sentiu o vento, e começou a gostar do frio. E teve vontade de tomar um novo banho de chuva, talvez no verão.
Correu para o abismo, como se houvesse uma ponte invisível e, quando chegou para uma corrida sem superfície, nada mais poderia acontecer em um planeta regido pela gravidade, pulou como uma criança que pula na piscina da casa nova. Sorriu antes que a escuridão o cobrisse. Não sabia onde estava indo, mas não seria pior do que havia deixado para trás, simplesmente porque não poderia viver sem elas. Esse pequeno momento, poderia ter sido usado para contar uma vida inteira.
Não haviam borboletas por perto, nem mesmo uma.
E foi nessa complexidade que ele se encontrava. O Ele pode ser o seu amigo Junior, ou a sua prima Renata. Não importa. Poderia ser qualquer um, em qualquer lugar, de qualquer época. Mas era ele, e era naquele momento.
Suando frio, começou a analisar a situação. Nunca imaginou que algo daquele tipo poderia acontecer. Onde estavam, cadê aquelas preciosidades que tanto admirava? Estava tudo muito escuro, o frio era de machucar a pele.
Correu desesperadamente entre as árvores, olhando tudo o que poderia ser anexado ao campo da visão como que implorando por alguma ajuda. Mas ela não veio.
E ele correu o quanto pôde, talvez até mais do que pôde. A ciência explica essa quebra na barreira do limite diante de situações de extremo pavor e/ou excitação. Os efeitos da adrenalina são incríveis!
Logo, e entendam logo como uma expressão utilizada para demonstrar uma noção de tempo de quem narra algo de fora, começou a chover. Uma chuva grossa e pesada. Tudo ficou tão difícil, tão complicado. Ele sabia que não haveria escolha, que nada mais adiantaria.
Ao invés de parar, acelerou a corrida, e bateu em várias coisas da natureza, coisas pesadas, coisas cortantes, coisas pegajosas. Mas não parou, apenas correu. Correu até sair do meio das árvores, para um lugar aberto que dava em um penhasco aparentemente sem fim. E sentiu o vento, e começou a gostar do frio. E teve vontade de tomar um novo banho de chuva, talvez no verão.
Correu para o abismo, como se houvesse uma ponte invisível e, quando chegou para uma corrida sem superfície, nada mais poderia acontecer em um planeta regido pela gravidade, pulou como uma criança que pula na piscina da casa nova. Sorriu antes que a escuridão o cobrisse. Não sabia onde estava indo, mas não seria pior do que havia deixado para trás, simplesmente porque não poderia viver sem elas. Esse pequeno momento, poderia ter sido usado para contar uma vida inteira.
Não haviam borboletas por perto, nem mesmo uma.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Felicidade instantânea
De repente vem uma vontade louca de ser feliz. Você não está mais aí pra nenhum problema, porque tudo parece resolvível e não tem mais aquela importância.
Você só quer curtir a vida, aproveitar cada instante, estar com quem gosta, rir demoradamente...
E quando essa vontade vem, não deixe de aproveitar.
Se não quer fazer algo, não faça. Se estiver com medo de fazer algo, faça.
Entre em contradição, saia da rotina monótona de terça à tarde.
Não importa do que se trate, não importa o quão importante seja.
Não perca essa vontade de ser feliz!
A vida é um presente que você deve agradecer vivendo.
Viver é um obrigado. Talvez o mais sincero.
Você só quer curtir a vida, aproveitar cada instante, estar com quem gosta, rir demoradamente...
E quando essa vontade vem, não deixe de aproveitar.
Se não quer fazer algo, não faça. Se estiver com medo de fazer algo, faça.
Entre em contradição, saia da rotina monótona de terça à tarde.
Não importa do que se trate, não importa o quão importante seja.
Não perca essa vontade de ser feliz!
A vida é um presente que você deve agradecer vivendo.
Viver é um obrigado. Talvez o mais sincero.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Jangada
Nos olhos as lágrimas descem desenfreadas.
O coração está machucado, apertado, sufocado.
Não é hora para a razão. O sentimento é tão forte, tão intenso, que só existe ele.
Dor. Tristeza. Somos tão pequenos no final das contas.
Incapazes de domar o próprio destino.
Ah se pudéssemos... Se fossemos tão forte quanto julgávamos.
A verdade é que estamos à deriva nesse mar tempestuoso chamado vida.
Às vezes temos a impressão de que não suportaremos o agora.
Mas logo o mar se acalma, o sol reaparece mostrando que continua a brilhar e, quem sabe, avistamos uma terra firme logo à frente.
O coração está machucado, apertado, sufocado.
Não é hora para a razão. O sentimento é tão forte, tão intenso, que só existe ele.
Dor. Tristeza. Somos tão pequenos no final das contas.
Incapazes de domar o próprio destino.
Ah se pudéssemos... Se fossemos tão forte quanto julgávamos.
A verdade é que estamos à deriva nesse mar tempestuoso chamado vida.
Às vezes temos a impressão de que não suportaremos o agora.
Mas logo o mar se acalma, o sol reaparece mostrando que continua a brilhar e, quem sabe, avistamos uma terra firme logo à frente.
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