terça-feira, 24 de agosto de 2010

A árvore

Hoje não era um bom dia, definitivamente não.
Acordei atrasado e cansado, algumas coisas deram errado no trabalho, e o ônibus da volta demorou mais do que de costume.
Tive que ir em pé. Enquanto, dentro dos meus pensamentos, mandava o mundo pra puta que pariu, uma pessoa se levantou.
"Ao menos isso", pensei. E sentei.
Agora sei muito bem que aquilo não foi por acaso. Eu precisava estar sentado pra ver o que viria.
Fiquei olhando pela janela, vendo rostos e rodas passando muito depressa por causa da velocidade do ônibus.
Entre os prédios há muito velhos do Setor Central, algo estranhamente inesperado foi captado pelos meus olhos:
Uma árvore.
Mas não era uma árvore qualquer.
Ela era alta, de forma que tive que olhar para o céu para ver até onde ia, de tronco grosso e escuro que contrastava das folhas muito amarelas e vivas... Única.
A impressão que eu tive foi que ela estava em uma outra freqüência, em outro tempo. Parecia que ali o tempo passava mais lentamente.
As folhas que caiam dançavam suavemente até tocar o chão.
Aquela árvore não combinava com o lugar onde estava. Parecia um santuário entre a selva de pedra.
Senti paz, senti Deus.
Gostaria de poder ter ficado o resto do dia olhando para ela.
O curioso, é que há alguns meses eu estava escrevendo meu livro e tive a vontade de escrever sobre uma árvore que teria muita relevância pra trama. Imaginei ela, trabalhei a imagem dela nos meus pensamentos... Era linda.
Hoje eu pude vê-la no meio da rua.
Amanhã voltarei lá, só pra ter certeza que não foi imaginação.

3 comentários:

Trovador Lendário disse...

"Amanhã voltarei lá, só pra ter certeza que não foi imaginação."


as pessoas deviam dar mais valor aos blogs

Camila disse...

;) adoro os seus textos sempre,
agora posso comentar como blogger ;* bjos

mayarad disse...

anão que lindo esse seu texto *-* amei, seguindo!